terça-feira, 17 de junho de 2008

Os três resistentes à crise: comércio, turismo e banca

O trio comércio, restaurantes e hotelaria foi o que mais contribuiu para o PIB nacional, seguido das actividades financeiras (banca e seguros) e do imobiliário. Se é verdade que em tempo de guerra não se contam espingardas, valerá a pena lembrar que a maioria das empresas nestes sectores – talvez com a excepção da banca e de alguma hotelaria e comércio – é geradora de empregos de qualificação baixa ou média. São necessários, claro, mas o facto de serem apenas estes os sectores a puxar agora pela economia mostra bem as dificuldades estruturais que a frágil indústria portuguesa atravessa. Por um lado, há a pressão do abrandamento externo, sobretudo de Espanha (onde Zapatero finalmente admite o problema), que é o maior cliente de Portugal. Depois, há a reestruturação empresarial, que por enquanto provoca mais vítimas do que novos projectos. Se considerarmos que o comportamento da indústria normalmente antecipa o que se irá passar no resto da economia, tornam-se claras as dificuldades que espreitam em 2008.

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